Motivo é o falecimento da acionista Ana Lúcia de Carvalho Brito Vital Brasil

A Usina Paineiras paralisou suas atividades nestes sábado e domingo (06 e 07/10), em luto pelo falecimento de uma das suas maiores acionistas e grande colaboradora Ana Lúcia de Carvalho Brito Vital Brasil, cujo corpo será velado a partir das 14h e sepultado às 17h deste sábado (06) no Cemitério Parque de Cachoeiro de Itapemirim, em Cachoeiro de Itapemirim (ES).

“Ana Lúcia trabalhou na empresa por mais de 40 anos, dedicando-se inteiramente à área social; nem só por isso, mas também por isso é, e sempre foi, muito querida pelos funcionários e suas famílias”, explica o Diretor-Superintendente e de Negócios da Usina Paineiras, Antonio Carlos de Freitas.

Foi Ana Lúcia a grande responsável pelo Programa de Assistência Social (PAS) da indústria, que em seus momentos mais pujantes chegou a ter 2.000 funcionários e os assistia (bem como às suas famílias) especialmente nas áreas da saúde, educação, moradia e religiosa.

“Ana Lúcia também foi responsável pelos melhores momentos da escola da empresa, que hoje é administrada pelo Município, mas durante décadas, sob a administração de Ana Lúcia, foi totalmente mantida pela empresa, com centenas de crianças que tinham até os uniformes e os materiais didáticos fornecidos pela Usina Paineiras – foi, durante esse período, uma das melhores escolas de ensino fundamental do Município”, lembra o diretor Antonio Carlos de Freitas.

Vida na comunidade

Ana Lúcia nasceu e viveu quase toda a sua vida na vila de Paineiras, ao lado do marido Ruy Vital Brasil Filho, falecido em 2015. Ela era uma das filhas do dr. Ataliba de Carvalho Britto, mineiro que comprou a Usina Paineiras do governo do estado em 1937 e tornou-se o patriarca da família que é a única acionista da empresa.

“Aqui na vila, até hoje perguntam muito pela dona Ana Lúcia. Ela e o doutor Ruy eram muito queridos por todos, se preocupavam muito com as pessoas daqui, ajudaram de verdade a muita gente que trabalhou na empresa e teve necessidade. Eles também participaram muito da igreja e tiveram os filhos crescidos aqui, entre nós”, revela Aparecida Sant’Ana, que é secretária do serviço social da Usina Paineiras; trabalha na empresa há mais de 30 anos; é filha da babá de Ana Lúcia, Zeferina Manhães, a “Ziza”; é neta de um pedreiro que trabalhou na indústria (João Santana); e tem dois sobrinhos também trabalhando hoje na empresa.

“A dona Ana Lúcia chamava a minha mãe de ‘mãe’, tamanho o carinho que ela tinha por todos nós. Aliás, a família Carvalho Brito é uma grande família para todos nós que nascemos e crescemos aqui em Paineiras. E o trabalho social e da escola que foram iniciados pela dona Heloisa, mãe da dona Ana Lúcia e do doutor Régis, foram muito ampliados pela dona Ana Lúcia”, afirma Aparecida.

Atualmente, mesmo com a usina atravessando uma grave crise financeira nos últimos anos, o serviço social continua em atividade, cuidando especialmente de agendamentos para funcionários serem atendidos por saúde, seja via convênios, seja pelo SUS. A escola, que agora é administrada pelo Município e leva o nome da mãe do doutor Ataliba (Josepha de Miranda Carvalho Britto); voltou a funcionar em 2016, atendendo a crianças da vila de Paineiras e de outras comunidades. Já a igreja católica da vila foi doada à Diocese de Cachoeiro de Itapemirim, pela Usina Paineiras, neste ano de 2018.

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