Neste sábado (08), cardiologista vai dar treinamento no edifício-sede da cooperativa
Salvar vidas através de um aparelho de reanimação cardiopulmonar é o objetivo da Unimed Sul Capixaba com a instalação de Desfibriladores Externos Automáticos (DEA) em locais públicos de Cachoeiro de Itapemirim (ES).
Os dois primeiros vão ser instalados no Clube dos Médicos e no edifício-sede da cooperativa, onde será realizado treinamento no próximo sábado (08), as 8h, com o cardiologista Dr. Gil Gonçalves.
O DEA vai ser usado para reduzir o número de mortes súbitas, causadas por parada cardíaca. Segundo o cardiologista, uma pessoa só pode ser reanimada em até 10 minutos após perder a consciência.
“Neste prazo é quase impossível deslocar alguém até o hospital. Assim, locais que possuírem o DEA vão oferecer ainda mais segurança a seus frequentadores”, explica.
Shoppings, clubes, supermercados, hotéis e outros estabelecimentos com fluxo intenso de pessoas podem adquirir o aparelho em parceria com a Unimed Sul Capixaba. A cooperativa vai indicar o fornecedor e oferecer treinamento para os funcionários das empresas.
Exemplo
Depois de uma parada cardíaca durante o trabalho, um colaborador da Usina Paineiras, em Itapemirim (ES), foi reanimado com a utilização do DEA e encaminhado ao hospital, se recuperando totalmente.
Automático
Diferente dos desfibriladores de hospitais, este modelo regula automaticamente a intensidade e a quantidade de descargas elétricas necessárias de acordo com os batimentos cardíacos. Assim, quando a pessoa não desmaia por parada cardíaca, o aparelho não realiza a descarga.
Obrigatório
Nos EUA, com 450.000 casos de morte súbita por ano, o DEA é obrigatório em locais públicos. O estado do Rio Grande do Sul e algumas capitais brasileiras também já exigem a instalação do aparelho.
Aparelho ajuda a salvar a vida de trabalhador rural
O médico do trabalho da Usina Paineiras, em Itapemirim (ES), Dr. Tadeu Fiorillo, lembra como o DEA foi decisivo na vida de um trabalhador da lavoura de cana.
Como esse colaborador chegou até o ambulatório?
As lavouras ficam próximas as instalações da usina, então, em poucos minutos, conseguiram trazê-lo de carro até o ambulatório, mas ele já estava inconsciente.
Como ele respondeu ao estímulo do DEA?
Muito bem. O desfibrilador emitiu duas descargas para reanimá-lo, e assim que seus batimentos se estabilizaram, o levamos para o hospital na ambulância da usina. Durante todo o percurso, continuamos as manobras de ressuscitação usando o aparelho para monitorar os batimentos.
Na sua opinião, sem esse recurso, ele teria sobrevivido?
Acredito que não. O aparelho nos ajudou muito. Inclusive, fiquei impressionado com sua precisão e eficiência na medição dos batimentos.