A indústria espera processar quase 10% mais cana-de-açúcar que em 2018

Começa neste sábado (04) a safra deste ano da Usina Paineiras, sediada em Itapemirim (ES). Até 30 de setembro, a indústria espera processar 700 mil toneladas de cana-de-açúcar, o que representa quase 10% a mais do que em 2018. Com o mercado internacional do açúcar e do etanol com preços favoráveis aos produtores, a Usina Paineiras também espera poder remunerar melhor os fornecedores da matéria-prima, que só no litoral Sul capixaba são mais de 500.

A expectativa da usina é de produzir 730.000 sacos de 50 quilos de açúcar e 30 milhões de litros de etanol contando novamente apenas com matéria-prima de terceiros (ou seja, sem lavouras próprias). Para tanto, a indústria reforçou a parceria com os produtores rurais que fornecem a cana-de-açúcar, que por sua vez vão ter uma colheita mais mecanizada e com mais mão de obra local.

“Neste ano, não vai ser necessário trazer trabalhadores do Nordeste brasileiro para o corte da cana-de-açúcar; e uma maior quantidade da colheita será mecanizada, com o apoio da usina: 75.000 toneladas (em 2018, foram 50.000)”, informa o Diretor-Superintendente e de Negócios da Usina Paineiras, Antonio Carlos de Freitas.

Recuperação

Apesar do cenário mais favorável, o momento ainda é de recuperação, pois a usina e os produtores rurais ainda estão se recuperando de três anos seguidos de estiagem (2012-2014), o que ainda fará com a indústria opere bem abaixo da sua capacidade total instalada, que é de processar 1,2 milhões de cana-de-açúcar.

A atividade canavieira é a segunda atividade econômica mais importante do litoral Sul capixaba (segundo a CDL de Marataízes e Itapemirim), empregando cerca de 15.000 pessoas, inclusive as famílias de cerca de 500 pequenos produtores rurais associados à Coafocana (cooperativa dos fornecedores de cana-de-açúcar da região). A safra deste ano é a 107ª da Usina Paineiras, que é a indústria em operação ininterrupta há mais tempo no Espírito Santo, onde também é uma das 200 maiores empresas, segundo levantamento período da federação das indústrias.

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