Usina Paineiras já processou 550 mil toneladas de matéria-prima

Faltando um mês para o fim da safra de cana-de-açúcar deste ano, a Usina Paineiras, em Itapemirim (ES), já processou mais matéria-prima do que o total do ano passado: ante 460 mil toneladas de 2017, já foram beneficiadas 550 mil toneladas desde o último dia 4 de maio. A meta continua sendo alcançar o fim da safra com 700 mil toneladas.

“O adequado volume de chuvas deste ano nos garantiu grande produção nos canaviais, que tiveram boa produtividade, apesar da qualidade da cana-de-açúcar não estar tão boa justamente devido à grande quantidade de água. A rebrota da cana está ocorrendo com vigor nas plantações, devido às boas chuvas, e a nossa expectativa é que a recuperação das lavouras continue evoluindo nos próximos anos, depois de três safras de forte estiagem na região”, informa o diretor-Superintendente e de Negócios da Usina Paineiras, Antonio Carlos de Freitas.

Outro estímulo à produção deste ano vem dos preços do mercado de açúcar: apesar de estarem no pior nível dos últimos cinco anos no mercado internacional (conforme um ciclo regular que se repete nesse mercado), os preços têm permanecido em bom patamar no mercado nacional (dada a desvalorização do real frente ao dólar).

“Como tanto a Usina Paineiras, quanto o produtor de cana-de-açúcar recebem de acordo com o valor de venda do produto no mercado internacional, e o mercado é regulado pela lei da oferta e da procura, temos esse cenário com um alento para o momento e ainda mais otimista para as próximas safras, quando, além de mais matéria-prima, devemos ter melhores preços”, explica Antonio Carlos de Freitas.

Benefícios para toda a região

A produção de cana-de-açúcar é a segunda atividade econômica mais importante do litoral Sul, segundo a CDL de Marataízes e Itapemirim. Ela mantém cerca de 15.000 empregos diretos e indiretos, envolvendo cerca de 500 agricultores familiares da região quase totalmente dedicados a essa atividade há mais de 200 anos. Desde 1912, essa produção agrícola conta com a geração de valor para a comunidade realizada pela Usina Paineiras, que é uma das 200 maiores empresas capixabas.

Mantido o atual cenário, em três safras a Usina Paineiras espera voltar à sua capacidade instalada: beneficiar 1,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar da região, produzindo 1,2 milhões de sacos de 50 quilos de açúcar e 57 mil litros de etanol. Em 2014, foram processadas pela usina 780 mil toneladas da matéria-prima; depois, com a estiagem, foram apenas 286 mil em 2015 e 480 mil em 2016.

“No entanto, também é muito importante que haja uma redução do ICMS cobrado pelo governo capixaba no etanol para pelo menos os mesmos níveis dos outros estados brasileiros. Hoje, está no mesmo nível de produtos supérfluos, quando na verdade é uma atividade vital para o Sul do estado. Temos apresentado essa demanda aos novos candidatos ao governo do estado, por meio do Movimento Empresarial do Sul do Espírito Santo (Messes), do qual a Usina Paineiras voltou a ser mantenedora recentemente. Sem a adequação do ICMS, o Espírito Santo vai ficar de fora de um dos maiores programas federais de expansão da produção nacional de biocombustíveis, que é o Renovabio”, afirma o diretor-Superintendente e de Negócios da Usina Paineiras, Antonio Carlos de Freitas.

 

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