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Percentual é dez vezes menor que a média nacional

Cinco anos após ter sido inaugurada, a Apac de Cachoeiro de Itapemirim (ES) tem o que comemorar. Afinal, apenas 7% dos condenados pela Justiça que passaram pela associação voltaram a cometer crimes. A média do sistema penitenciário nacional é de 80%.

“Temos escola para quase todos os apenados, além de diversos cursos profissionalizantes, oferecidos em parceria com a Secretaria de Estado de Justiça (Sejus)”, explica Cláudia Aguiar, diretora da Apac.

Apac significa Associação de Proteção e Assistência aos Condenados. Em Cachoeiro, foi criada pela sociedade civil após a desativação da unidade prisional que atendia os condenados ao regime semi-aberto. Ela segue a metodologia da Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (Febac).

“Surgiu de um compromisso da Igreja Católica em Cachoeiro, mas é abraçada por todas as outras igrejas cristãs, que mantêm assistência regular”, destaca Cláudia.

Novas chances

Quase todos os 61 apenados da Apac ainda não concluíram o ensino médio. Por isso, dentro da associação, que fica na localidade de Monte Líbano, funciona uma escola própria, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Sedu).

Também na associação, em parceria com o Senai e o Senar, são oferecidos cursos como de eletricista predial e agricultura. A venda do que é produzido pelos apenados é fundamental para a manutenção da associação.

“Em janeiro, os apenados pescaram 700 quilos de peixes, cultivados por eles, na lagoa da associação. Mas a maior parte dos nossos custos precisa ser custeada pela Sejus”, explica Cláudia.

Fábrica de sabão

A Apac também está prestes a iniciar a operação da fábrica de sabão que vai reaproveitar o óleo de cozinha usado em Cachoeiro.

“Tivemos contratempos imprevistos, mas está quase tudo pronto, e vai ser nova grande oportunidade para os apenados”, comemora Cláudia.

Projetos e iniciativas como da fábrica de sabão são patrocinados, há anos, por parceiros como Foz, Samarco e Sicoob Credirochas – além dos voluntários.

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