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Projetos de preservação dos recursos hídricos no Sul do Estado ganham troféu e incentivo

Quatro modelos de práticas sustentáveis que contribuem para preservar a Bacia Hidrográfica do Rio Itapemirim conquistaram o Troféu Biguá, na 2ª edição do Prêmio Sustentabilidade – Gestão das Águas. A premiação é organizada pela TV Gazeta Sul, que escolheu o Dia Internacional do Meio Ambiente (05 de junho), para realizar a cerimônia de entrega no Centro de Eventos do Perim Center, em Cachoeiro de Itapemirim (ES). O prêmio contou com o apoio da Foz, Samarco, Sindirochas e Comitê da Bacia do Rio Itapemirim. Além do troféu, os vencedores ganharam uma quantia para investirem em seus projetos.

Segundo a Diretora da TV Gazeta Sul, Maria Helena Vargas, a ideia é mostrar o que já está sendo feito para, então, multiplicar o número de iniciativas. “Valorizar e divulgar projetos que promovam a preservação do meio ambiente é importante porque demonstra que atitudes simples podem trazer resultados significativos, e isso estimula a mobilização de novos atores”, completa.

Biguá inspira troféu

Uma espécie que voltou a habitar o Rio Itapemirim, depois de saneado, se tornou motivo de orgulho para Cachoeiro: o biguá, que parece um pato negro, que só sobrevive em águas limpas, pois se alimenta de peixes. Foi por esse motivo que ele foi escolhido como símbolo do prêmio, já que é considerado um indicador biológico de despoluição.

Além do biguá, 21 espécies de peixes são encontradas regularmente no rio, na parte central de Cachoeiro. Isso porque, depois que os serviços de água e esgoto no Município foram concedidos a iniciativa privada, o índice de atendimento do serviço de esgotamento sanitário saltou de 5% para 92,5% dos imóveis. Logo, 21 milhões de litros de esgoto por segundo deixaram de ser lançados no Rio Itapemirim.

“Se o esgoto fosse lançado no rio sem tratamento, o rio perderia a capacidade de se renovar e os peixes morreriam. Isso significa que, conseguir tratar esse volume de esgoto torna a Foz referência nacional para os outros municípios”, afirma a Secretária de Estado do Meio Ambiente, Diane Rangel.

 

Confira os vencedores:

Categoria Educação Ambiental – Uniaves

O projeto Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, que compreende estudantes do ensino fundamental até a pós-graduação, fez a Companhia de Alimentos Uniaves ser a ganhadora da categoria Educação Ambiental. A iniciativa começou há cerca de quatro anos e consiste, basicamente, em qualificar a preservação ambiental dentro da complexidade do trabalho realizado, mostrando, principalmente, que é possível crescer investindo no meio ambiente.

Categoria Escola – Escola Municipal Saturnino Rangel Mauta 

Alimentação Saudável é o nome do projeto que oferece a alunos e comunidade lições fundamentais como evitar o desperdício da água e manter hábitos saudáveis. A alimentação balanceada e o costume de se alimentar sentado à mesa são alguns exemplos.

Categoria Sociedade Civil – Lar Nina Arueira

Esse projeto apresentou a construção de um sistema próprio para captação da água de chuva, que demandou a mudança em todo o sistema hidráulico e construção de cisternas. A água captada é utilizada em diversas atividades da instituição.

Categoria Usuário – Aamol e ICG

A Associação Ambiental Monte Líbano (Aamol) e o Instituto Capixaba de Gestão (IGC), juntos, ganharam o prêmio pelo estudo de viabilidade da produção de quatro tipos de argamassa feitas a partir dos resíduos do beneficiamento de rochas ornamentais – lama abrasiva. Um projeto especialmente importante pelo volume de resíduo produzido no Sul do Estado.

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