Entrada é franca, todos os dias, até 31 de julho, em Marataízes (ES)

Símbolo da história de prosperidade do litoral Sul Capixaba, o Palácio das Águias, em Marataízes (ES), recebe até o próximo dia 31 uma exposição sobre os 105 anos de atividades da Usina Paineiras, sediada em Itapemirim (ES). A exposição é aberta gratuitamente ao público de todas as idades, todos os dias da semana.

A mostra reúne fotografias históricas da empresa, que é o empreendimento industrial em atividade ininterrupta há mais tempo no Espírito Santo, sustentando um mercado de 15.000 empregos e outros benefícios para todo o Sul do estado.

“É uma empresa com uma importância econômica e social muito grande na nossa região”, destaca a coordenadora cultural do Palácio das Águias, Bárbara Pérez, que idealizou e organizou a mostra a partir de um livro próprio de contos e “causos” relacionados à forte presença da empresa na vida das pessoas do litoral Sul.

Socioambiental
A exposição também destaca a ação ambiental da Usina Paineiras, especialmente em torno do ex-diretor Ruy Vital Brasil Filho (falecido em 2015). Tendo atuado durante mais de 50 anos na empresa, ele contribuiu decisivamente para que ela se tornasse uma referência também em preservação ambiental (devido à conservação da chamada “Mata do Ouvidor”) e em produção de mudas de árvores nativas da Mata Atlântica (devido ao viveiro da empresa, em plena atividade).

“O dr. Ruy é muito reconhecido na nossa região por todo o seu trabalho. Então também organizei uma publicação sobre a vida dele para mostrar a quem visita a exposição”, acrescenta a coordenadora Bárbara Pérez.

O Palácio das Águias fica na Barra do Itapemirim e pode ser visitado nos seguintes horários: de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h; e, aos sábados e domingos, das 10h às 16h. O telefone para agendar visitas ou sanar dúvidas é o (28) 99883-4226.

A história da Usina Paineiras
Numa região já vocacionada havia décadas para a plantação de cana-de-açúcar, a Usina Paineiras foi criada em Itapemirim (ES), há 105 anos, dentro do primeiro ciclo de industrialização capixaba desenvolvido pelo governo estadual, durante o governo de Jerônimo Monteiro. Daquele ciclo, só a Usina Paineiras permanece em atividade, sempre cumprindo o seu papel de agregar valor à produção dos agricultores locais e gerar riqueza e empregos no litoral Sul do estado.

Porém, após amargar sucessivos prejuízos sob direção estatal, aos 25 anos a empresa foi vendida ao engenheiro mineiro Ataliba Carvalho Britto (patriarca da família que multiplicou o potencial da empresa e permanece na sua direção). Hoje a Usina Paineiras tem a capacidade de processar 1.200.000 toneladas de cana-de-açúcar por ano, resultando em uma produção de 60.000 toneladas de açúcar e 57.000 m³ de álcool anidro ou hidratado.

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