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Apesar da dura estiagem estadual, a Usina Paineiras tem o que comemorar: superou a meta de dobrar a produção ante o resultado de 2015. A empresa encerrou a moagem da safra de 2016 nesta semana tendo produzido 24.400 toneladas de açúcar e 20 milhões de litros de etanol.

Desde maio, foram processadas mais de 486 mil toneladas de cana-de-açúcar, somada a produção da própria usina, em Itapemirim (ES), com a de mais de 500 agricultores, a maioria familiares, do litoral Sul e fornecedores do Norte do Rio de Janeiro.

“Felizmente, este ano o ciclo de chuvas na região foi menos instável. A moagem cresceu, muito embora ainda tenhamos operado com cerca de metade da capacidade da usina. Esperávamos ter moído mais cana, e que ela tivesse mais qualidade, mas os efeitos da estiagem ainda foram muito fortes”, explica o diretor de Negócios da Usina Paineiras, Antonio Carlos de Freitas.

Para 2017, é esperada a mesma produção geral, devido, ainda, aos efeitos da estiagem dos últimos anos, que não permitiram o plantio das lavouras. Entretanto, especialmente devido ao estímulo ao produtor rural em decorrência da alta do preço do açúcar no mercado, tanto internacional quanto nacional – a remuneração do fornecedor é, em síntese, diretamente relacionada aos preços dos produtos finais (açúcar e etanol) espera-se, nesta entre-safra, um grande plantio de lavouras de cana de açúcar, permitindo supor safras normais já a partir de 2018. “Em 30 anos nesse mercado, nunca vi uma remuneração tão boa para os produtores”, explica o Diretor da Usina.

Segundo a CDL de Marataízes e Itapemirim, a cultura canavieira é a segunda atividade econômica mais importante do litoral Sul. Para estimulá-la, o setor se posiciona há anos, junto ao governo do Espírito Santo, em favor da redução do ICMS sobre o etanol (conforme vários outros estados brasileiros) e da continuação da luta pela prorrogação das dívidas dos produtores rurais junto ao governo federal.

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