Microrganismos podem causar de intoxicação até a morte de consumidores
Todo mundo sabe da importância de se consumir frutas, verduras e legumes. Mas quase ninguém conhece a forma adequada de lavá-los antes do consumo. O risco é de ingerir microrganismos (como bactérias, fungos ou vírus), parasitas, toxinas e outros perigos que provocam intoxicações, infecções, doenças crônicas e até levar à morte do consumidor.
Todo hortifrúti que for consumido cru ou apenas refogado precisa ser corretamente higienizado, alerta a nutricionista Patrícia Souza, da Hortifruti Cachoeiro. Isso significa não apenas usar os produtos adequados, como também fazer a lavagem observando diferentes etapas.
“O vinagre, por exemplo, minimiza o risco da presença de vários microrganismos, mas alguns mais resistentes podem sobreviver. Mais indicado é usar os chamados sanitizantes de verduras – atualmente já encontrados também para uso doméstico, em embalagens pequenas, nos melhores supermercados.A maioria deles é à base de cloro orgânico ou de hipoclorito de sódio. Eles devem possuir registro na Anvisa”, explica a nutricionista.
Perigo da água sanitária
A água sanitária, que também é muito usada, mas pode provocar intoxicações.
“Além de algumas fórmulas conterem carbonato de cálcio, que não é recomendado para consumo humano, há a dúvida em relação à quantidade de água sanitária que deve ser usada: se for pouca, pode ser insuficiente; se for muita, causar intoxicação”, destaca a nutricionista Patrícia Souza.
Também por isso a recomendação é usar os sanitizantes que, em suas embalagens, trazem as especificações de diluição e de tempo de contato.
Lavar sem sujar
A forma de lavar também é importante para que a higienização seja garantida.
“Depois de deixar de molho, é importante retirar os produtos por cima da vasilha e só depois jogar a água fora, e não derramar tudo num escorredor. Assim,a água com a sujeira não volta para o produto lavado”, destaca a nutricionista.
Em seguida à retirada da água com solução sanitizante, os vegetais devem ser enxaguados com água filtrada.
“São procedimentos que não impedem totalmente a contaminação, mas criam barreiras adicionais à transmissão de microrganismos, parasitas e substâncias tóxicas”, informa a nutricionista Patrícia Souza.