Preço internacional do açúcar ajudou a compensar as perdas decorrentes da pandemia do coronavírus
Saldo positivo na safra de cana-de-açúcar deste ano do litoral Sul do Espírito Santo. A alta do preço do açúcar no mercado internacional valorizou tanto a produção da Usina Paineiras, quanto a dos mais de 500 fornecedores de cana-de-açúcar da região. Assim, apesar da pandemia do coronavírus e do histórico de estiagens, a usina conseguiu manter seu quadro de 650 funcionários e está aumentando seu apoio aos produtores rurais em Itapemirim, Marataízes e Presidente Kennedy (ES).
“Os resultados estão abaixo dos esperados, mas, neste contexto de coronavírus, podemos comemorar e devemos nos preparar bem para os próximos anos, quando o preço pago aos produtores rurais e às usinas deve melhorar ainda mais, devido à continuidade da alta do preço do açúcar no mercado internacional”, afirma o diretor administrativo e financeiro da Usina Paineiras, Antonio Carlos de Freitas Junior.
Apta a processar 1,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, a usina esperava realizar a melhor safra nos últimos cinco anos, com 600 mil toneladas recebidas. Porém, na safra encerrada no último dia 23, só 482 mil toneladas chegaram à usina, que produziu 509.186 sacos de 50 quilos de açúcar e 18.846.000 litros de etanol.
“Devido à pandemia, adiamos o início da safra. Depois, os fornecedores tiveram dificuldade de conseguir mão-de-obra suficiente para o corte da cana-de-açúcar, que assim perdeu qualidade e peso. Mas, para 2021, as expectativas são bem melhores, pois a chuva está chegando com o calor”, explica o presidente da Cooperativa Agrícola dos Fornecedores de Cana-de-Açúcar (Coafocana), Luciano Henriques.
Apoios para aumentar a área plantada
Para aumentar sua produção, a Usina Paineiras investe cada vez mais no apoio aos fornecedores de cana-de-açúcar do litoral Sul do Espírito Santo. E, como resultado, a área plantada com cana-de-açúcar na região já deve ser maior em 2021 do que em 2020, segundo o presidente da cooperativa dos fornecedores.
Esse processo começou há três anos, a usina arrendou suas terras cultiváveis com cana-de-açúcar para esses fornecedores, dedicando-se desde então à produção e à comercialização de açúcar e etanol.
Em seguida, a usina iniciou a construção de seis viveiros de mudas de cana-de-açúcar mais modernas que as atualmente plantadas na região (além de já aprovadas em regiões com características similares a Marataízes, Itapemirim e Presidente Kennedy, como o Norte do Espírito Santo e o Norte do Rio de Janeiro).
Ao todo, esses viveiros somam 100 hectares de terras da usina, em parceria com a Coafocana. Essas mudas serão fornecidas para serem plantadas já a partir de 2021, gerando resultados na safra de 2022 em diante. O total plantado deve permitir a renovação e 800 hectares de lavouras por ano, sendo que o total de área plantada no litoral Sul com cana-de-açúcar é de 5.000 hectares, segundo a Coafocana.
“A Usina Paineiras também está com pessoal técnico qualificado em campo, desde 2019, oferecendo orientações aos nossos fornecedores a respeito das melhores práticas para aumentar a qualidade e a produtividade dos canaviais. Com mais cana-de-açúcar de melhor qualidade, toda a região sai ganhando”, destaca o diretor administrativo e financeiro da Usina Paineiras, Antonio Carlos de Freitas Junior.
